O Banco do Brasil está vendendo uma carteira cerca de 300 milhões de euros (US$ 336 milhões) em empréstimos feitos a construtores europeus com problemas, segundo pessoas a par do assunto. O maior banco da América Latina em ativos tem negociado o portfólio por meio da PwC neste mês, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas.
Os empréstimos são principalmente para empresas de construção italianas e espanholas, como a Abengoa, CMC di Ravenna SC, Grupo Isolux Corsan, Salini Impregilo SpA e Trevi Finanziaria Industriale SpA, disseram as pessoas. A carteira também inclui um empréstimo para a Pescanova, uma empresa de pesca espanhola que ficou insolvente em 2013, disseram as pessoas.
Autoridades do Banco do Brasil não quiseram comentar sobre os planos e a PwC não respondeu imediatamente às mensagens que pediam comentário.
O banco está tentando reduzir sua exposição a empresas europeias em dificuldades advindas de projetos arriscados no exterior. Três dos quatro principais construtores da Itália estão buscando reestruturar suas dívidas ou estão sob administração, enquanto duas das maiores construtoras espanholas entraram com pedido de falência desde 2015.
O Banco do Brasil vendeu parte de sua exposição na Astaldi SpA ao Goldman Sachs Group no ano passado, disseram pessoas familiarizadas com o assunto na época. Salini, o maior construtor da Itália, está agora tentando resgatar a Astaldi e criar um campeão nacional na indústria da construção.