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BB refaz estratégia ao ver clientela envelhecer e funcionalismo público estagnar

Publicado em: 17/04/2019

O Banco do Brasil (BBAS3) quer mudar o seu perfil de clientes para se adaptar ao envelhecimento da sua base e para a perspectiva futura de um setor público menor. A administração do banco recebeu, na semana passada, a equipe de análise do BTG Pactual acompanhada de 15 investidores em sua sede em Brasília. O chefe da área de RI (Relações com Investidores) Daniel Maria e executivos dos segmentos para pequenas e médias empresas, pessoas físicas e relacionamento com clientes.

Os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis destacaram, em seu relatório após o encontro, que a instituição financeira percebeu que precisava se concentrar em fazer mais negócios dentro dos clientes existentes.

“Isto é verdade para as PMEs e empréstimos a particulares. Mas como a base de clientes do BB está envelhecendo, como provavelmente eles não estão vendo um aumento de empregados do setor público no futuro (em que o BB historicamente tem uma franquia muito forte), especialmente na linha de crédito consignado, o objetivo agora é encontrar novos clientes também. Ter a Cielo (CIEL3), a adquirente do grupo, com um cliente é muito importante – na verdade, eles são agora mais agressivos oferecendo pacotes bancários + Cielo com 6 meses de carência de taxas de cobrança”, destacam.

Marketing

Para avançar em seu novo posicionamento, o BB tem investido em iniciativas de marketing em universidades e outros locais, visando principalmente as classes A e B. “O BB também trabalha duro na segmentação, que deve melhorar o atendimento e a monetização”, aponta o BTG.

Uma das propostas é a de vender ao cliente uma série de descontos e benefícios com terceiros como Uber e Spotify e incorporar ali as taxas bancárias regulares. O banco também está mudando seu modelo de taxas de uma “base de pacote” para um “clube de benefícios”.

Ações

No curto prazo, os analistas mostram confiança de que o BB continuará sua tendência de melhorar a rentabilidade, o que, se ajudado pelo sentimento do mercado com as reformas, será suficiente para elevar as ações, fazendo com que a ação seja muito boa em 2019.

“No longo prazo, no entanto, ainda temos dificuldade de ver a rentabilidade realmente alcançando os pares privados, o que é, em última análise, o motivo da nossa recomendação neutra ao BB, apesar de nossa visão positiva do setor e do viés positivo de longo prazo”, concluem.

Fonte: Money Times

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