João Fukunaga, diretor-presidente da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, defendeu nesta quinta-feira a personalização cada vez maior do atendimento ao associados. Isso para adequar melhor a escolha do perfil de investimentos de cada plano.
Segundo ele, hoje a maior parte dos planos está dividida pelos perfis arrojado (49,52%), conservador (24,82%), moderado (12,42%) e agressivo (4,92%).
Os que levam em conta o ciclo de vida, cuja tese principal é diminuir a exposição aos investimentos de risco gradualmente, têm participação muito pequena no total da Previ.
Dessa forma, a escolha está diretamente ligada à data-alvo de aposentaria do participante. O plano de 2030 tem apenas 0,93% dos associados, o de 2040, 2,21%. de 2050, 3,73% e de 2060, 1,45%.
Para fazer essa adequação, a Previ criou uma assessoria previdenciária. “Esse atendimento é importante porque, ao olhar esses perfis disponíveis, a pessoa tende a olhar de forma imediatista sua carreira laboral, seu tempo de vida. E muitas vezes fazem escolhas erradas que impactam sua previdência e levam a perder recursos”, disse Fukunaga no 45º Congresso Brasileiro da Previdência Privada (CBPP).
O evento foi promovido pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), em São Paulo. “Pensando o ciclo de vida, o ponto de aposentadoria e fazendo o planejamento estratégico, o resultado pode ser muito melhor.”
A Previ tem R$ 267 bilhões sob gestão, R$ 16,1 bilhões em benefícios pagos em 2023 e 200 mil associados entre ativos e aposentados. “Os fundos de pensão devem incentivar o olhar de longo prazo para seu plano.”