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IA Generativa em bancos libera gerentes para se dedicar a atendimento pessoal, diz pesquisa

Publicado em: 07/10/2024

O setor bancário é um dos pioneiros em adoção de tecnologia e o Brasil é estudo de caso mundial em diversas aplicações, como Pix, DREX e Open Finance. Com a nova onda da inteligência artificial não é diferente. Uma pesquisa recente da consultoria Accenture junto com a Febraban aponta mais de uma centena de exemplos já em uso de tecnologias emergentes no País, como IA generativa (IAGen), computação quântica, tecnologias criptográficas, cibersegurança e identidade digital.

No caso de IAGen, uma tendência é o processo de descentralização do desenvolvimento de aplicações. Os próprios usuários de tecnologia das áreas de negócio conseguem programar tarefas a partir de sistemas mais amigáveis e intuitivos, no conceito “low code” ou “no code”.

Uma das conclusões do estudo é que tempo e talento podem ser realocados para áreas de maior impacto. “Por exemplo, os gerentes de contas poderiam ter capacidade adicional através de agentes habilitados por IAGen para gerir atividades rotineiras, liberando tempo para estabelecer relacionamentos mais humanos com seus clientes”, diz o relatório.

Da mesma forma, os avanços da IA Generativa liberam os desenvolvedores para se dedicar mais ao design de produtos que aumentem a satisfação do cliente. “Além disso, com IAGen sendo cada vez mais capaz de desempenhar atividades antes restritas a humanas, a expertise técnica dos indivíduos pode evoluir mais amplamente para múltiplos domínios, enquanto habilidades interpessoais mais profundas serão cada vez mais necessárias”, diz o documento.

O que significa low code e no code?

O “low code” é uma referência a código de baixa complexidade para programar. Já o “no code” significa que a programação é feita inteiramente por meio de interface gráfica intuitiva, sem necessidade de mexer em código de programação.

Funcionários da área de TI costumam dar suporte e treinamento aos profissionais das outras áreas de negócio, para se familiarizar com o processo, bem como aprovar as ferramentas utilizadas no processo. Os usuários, então, passam também a ser criadores de aplicativos, adquirindo a característica de “ambidestria tecnológica”, ou seja, o conhecimento negocial e o tecnológico para programação, com o olhar do usuário.

Propostas de valor para o correntista

De acordo com o estudo, “em toda cadeia de valor é possível encontrar aplicações de IAGen para trazer maior eficiência operacional assim como prover experiências diferenciadas para clientes”.

Um dos exemplos é utilizar a tecnologia para gerar consultoria financeira personalizada e automatizada, bem como o monitoramento da saúde financeira do investidor e também programas de fidelidade personalizados. Estes são apenas alguns dos 127 casos de IAGen mapeados no setor financeiro e que podem aumentar a eficiência dos negócios, aprimorar a experiência do cliente, e transformar o trabalho das áreas de tecnologia.

“Esses avanços fazem com que maioria das atividades bancárias esteja cada vez mais sujeita a automações por IA ou ao menos a potencialização da força de trabalho. Estima-se até 30% de ganhos de produtividade com isso”, diz o “Estudo de tecnologias emergentes para o setor bancário”, de agosto de 2024, produzido em parceria por Accenture e Febraban.

A transformação exige alguns cuidados. Nesse ponto, o material destaca que a IA Responsável é essencial, enfatizando a necessidade de transparência e ética nas decisões financeiras. A recomendação é que princípios de Responsible AI (RAI) devem estar na mente dos executivos, incluindo considerações sobre regulamentações a respeito. “Cada vez se faz mais necessário criação de estruturas e governança para liderar com IA Responsável nos bancos”, conclui o estudo.

Para extrair todo potencial de IAGen, bancos necessitam de uma arquitetura empresarial fundamentalmente diferente, na qual os dados são mais fluidos, e dados não estruturados e sintéticos se tornam muito mais importantes. A realidade da infraestrutura dos bancos, principalmente os tradicionais, porém, é de um legado de sistemas proprietários para atividades “core” (fim), e a modernização dessas plataformas representa um desafio.

Fonte: Invest Talk

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