A CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) participou nesta sexta-feira (26), em São Paulo, da mesa de negociação sobre “Saúde e condições de trabalho” com a direção do BB.
O tema é uma das prioridades reivindicadas pelo funcionalismo para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Os dirigentes sindicais iniciaram a reunião cobrando da direção do banco a garantia dos direitos dos trabalhadores de empresas incorporadas pelo BB em relação à Assistência (Cassi) e ao fundo de pensão (Previ).
“Os egressos de outros bancos aguardam há anos a superação dos entraves que os impedem de ingressar na Cassi e na Previ. O banco tem a obrigação de viabilizar esse direito”, disse a diretora do Sindicato do Rio Rita Mota, que é também representante da CEBB.
No segundo ponto debatido, o banco apresentou o Programa Saúde Mental, que prevê ações e níveis de prevenção, para tratar o funcionário de forma integral. A ideia do programa é abordar a saúde mental sob diversos aspectos, como a tríade “atividade física + alimentação saudável + consciência plena” além de consultorias especializadas em ergonomia, apoio psicológico para os funcionários e o desenvolvimento de capacitação exclusiva para as lideranças sobre a importância do tema.
Segundo os representantes do BB, já foram realizados mais de 40 mil atendimentos de apoio complementar aos funcionários em seus tratamentos psicoterapêuticos, pela plataforma on-line.
Os sindicalistas pediram que as avaliações ergonômicas sejam implementadas com maior atenção nos escritórios digitais, devido às especificidades deste setor. Preocupa os bancários a combinação de metas com ferramentas virtuais de atendimento, que aumentam o risco de adoecimento.
Outra reivindicação apresentada pelos sindicatos é que, em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, pela Previdência Social, seja assegurada ao funcionário, incluindo os egressos de bancos incorporados, a complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais e PLR, como se o funcionário na ativa estivesse, até a cessação do auxílio-doença. Isto porque a renda total do trabalhador já está comprometida com os respectivos gastos familiares.
“No momento de afastamento por doença, os funcionários já enfrentam uma série de dificuldades e a preocupação com a manutenção das verbas salariais em muitos casos pode agravar a situação”, acrescentou Fernanda.
Durante a reunião, o banco anunciou a ampliação de dependentes para herdeiros, inventariantes e dependentes cadastrados na Previdência Social no auxílio funeral.
A próxima reunião será no dia 7 de agosto e debaterá a cobrança de metas.