O Banco do Brasil está de olho em 14 países para os quais pode expandir sua estrutura no exterior, com foco no Sudeste Asiático, na África e também em países da Europa em que o banco ainda não está presente de forma física. A lista de potenciais novas geografias inclui Coreia do Sul, Marrocos, Angola e Espanha, além de parceiros comerciais que devem ganhar peso a partir do fortalecimento do chamado grupo dos Brics, como a Índia. Essa lista foi montada a partir da análise, pelo banco, das atividades comerciais de clientes empresariais de grande porte lá fora.
Segundo o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, a ideia é levar o banco a novos territórios com a abertura de agências ou escritórios de representação. De acordo com ele, não necessariamente os 14 países analisados ganharão unidades do banco.
Lassalvia afirma que a lógica é sempre a de acompanhar os negócios que os clientes fazem no exterior. Sob essa luz, o banco percebeu que há um fluxo constante de comércio com a Coreia do Sul, por exemplo. O mesmo acontece com o Marrocos.
Banco é líder no financiamento ao comércio exterior
Essa expansão está relacionada, entre outros pontos, ao enfoque do banco na carteira de crédito de financiamento às exportações. No segmento de pessoas jurídicas, as operações somavam R$ 22,2 bilhões em setembro do ano passado, se consideradas as linhas que antecipam recursos de exportações futuras ou já embarcadas. No ranking de Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC), o BB fechou 2023 na primeira posição entre os bancos do País.
Lá fora, o BB conta com um banco e uma corretora nos Estados Unidos, o Patagonia, da Argentina, e uma subsidiária na Áustria, a BB AG. Além disso, tem agências em países como Paraguai, Alemanha, e é o único banco brasileiro com unidades no Japão e em Xangai, na China. O público institucional, por sua vez, é atendido ainda por uma corretora em Londres.
O fortalecimento das operações internacionais do BB é um dos motes de Lassalvia e da gestão da presidente do banco, Tarciana Medeiros. Em cada geografia, a estratégia muda. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela passa pelo atendimento ao público do chamado “private”, que são os clientes com mais de R$ 5 milhões investidos no banco.
Em Portugal, o BB está investindo na unidade que mantém em Lisboa, de olho na demanda por serviços bancários da comunidade brasileira radicada no país, inclusive de média renda. Neste ano, enviou para comandar a operação Karen Machado, que antes estava à frente do “Open Finance” do conglomerado. Um dos focos dela por lá será tocar o reforço tecnológico que a instituição quer fazer na operação.