A mudança do cenário macroeconômico, com inflação sob controle e queda na taxa de juros, vai levar os fundos de pensão do país a diversificar investimentos.
É o que acredita João Luiz Fukunaga, presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Ele participou do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos da Previdência Complementar (Siga), realizado nesta terça (3), no Rio de Janeiro.
Fukunaga afirma que os fundos estão preocupados com a agenda ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês, que significa Ambiente, Social e Governança).
“Esse é o momento de avaliar nossos investimentos. Com a queda nos juros, a rentabilidade não pode estar mais somente na renda fixa. E precisamos ter um olhar mais abrangente”, afirmou.
Ainda segundo Fukunaga, projetos do governo federal devem criar boas oportunidades de investimento no futuro próximo.
O presidente da Previ deu como exemplo empreiteiras que atuam com infraestrutura e economia verde, que devem ser beneciadas pelo novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
Frederico Schulz, diretor de Seguridade interino do Fundo de Pensão dos Funcionários da Petrobras (Petros), afirmou que a instituição passa por um processo de fortificação da carteira.
E que agora os títulos públicos representam 80% dos investimentos, um montante estimado em 120 bilhões de reais.
“É crucial avançar nas práticas de governança e gerar valores sustentáveis no longo prazo”, disse Schulz.
Já o presidente do Fundo de Pensão dos Funcionários da Caixa (Funcef), Ricardo Pontes, disse que a agenda verde deve guiar a diversificação dos investimentos.
“É um tema que temos de associar aos investimentos. Além de todos os desafios, precisamos olhar para a questão da sustentabilidade na economia”, afirmou.