SÃO PAULO – Os dispositivos móveis se tornam um importante canal de vendas para os bancos e isso tem se demonstrado inclusive em operações que tradicionalmente era feitas por outros meios ou mesmo pessoalmente. No caso do Banco do Brasil, as vendas de cotas de consórcio por celular atingiram no primeiro mês de oferta R$ 23 milhões, valor que superou o que foi feito no internet banking. As contratações de financiamentos de automóveis por mobile já respondem por um terço do total.
As vendas dos consórcios começaram há apenas um mês e a maior parte das cotas vendidas foi de contratos relacionais a automóveis, o equivalente a 71% do total. Essa predominância também é vista na carteira total do BB Consórcios. Em seguida, as cotas mais vendidas são as de imóveis e depois de motos e serviços.
— O resultado superou a expectativa por se tratar de um canal novo. A referência era as vendas pela internet, que existe há mais de dez anos — disse Paulo Ivan Rabelo, diretor comercial de consórcios do BB. As vendas pelo canal internet somaram 17,2 milhões.
No ano, até o acumulado de maio, o BB comercializou R$ 3,4 bilhões em cotas de consórcios, um crescimento de 80% na comparação com igual período do ano passado.
Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostra que, em meio a crise econômica, os consumidores desse produto estão mais preocupados com o planejamento financeiro. Com isso, passou de 67% para 82% a fatia dos cotistas que se programou para fazer a compra de uma cota de consórcio – que garante os recursos para o pagamento de um bem no futuro (a carta de consórcio pode ser antecipada por meio de lance ou sorteio).
USO DO CELULAR PARA FINANCIAR VEÍCULO
Os aparelhos móveis como ferramenta de venda já era usado pelo BB para outros produtos. No caso do financiamento de veículos, que teve início em 2015, o total de operações feitas neste ano já chega a 15 mil contratos. Esse número mostra que a cada três concessões de empréstimos para compra de um veículo, uma é feita por esse canal.
O valor já chega a R$ 500 milhões no acumulado do ano e a expectativa é que chegue a R$ 1 bilhão até o final do ano.
O aplicativo do BB conta com 12 milhões de clientes. Dos que contrataram financiamento de imóveis, a resposta ocorreu de forma automática para 84%, já que a operação estava pré-aprovada.