A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) realizou nesta quarta-feira (15) uma live com os principais resultados financeiros dos primeiros dez meses da entidade em 2021.
Durante o evento a Diretoria Executiva detalhou para os participantes o perfil do setor de saúde suplementar, apresentou o balanço operacional e financeiro, além de destacar as iniciativas estratégicas implementadas pela atual gestão.
De acordo com os dados apresentados, a Caixa de Assistência possui 379.565 associados. No ano de 2021, houve uma redução de 10.074 beneficiários no Plano de Associados e uma queda de 15.846 beneficiários no Plano Cassi Família.
O índice de sinistralidade – que é o termômetro de como os serviços estão sendo utilizados pelos beneficiários – está em 96,5%. “Ou seja, atualmente a Cassi gasta 96,5% da sua receita com pagamento de despesas assistenciais e ainda temos as despesas administrativas e tecnológicas, esse é um ponto que nos preocupa”, disse o gerente de contabilidade Jair Dimas Carvalho.
NÚMEROS DIVULGADOS
Segundo os números divulgados na apresentação, o resultado líquido da Cassi nos dez primeiros meses fechou em R$ 337 milhões, uma variação de -68% em relação ao mesmo período de 2020.
As receitas assistenciais estão em R$ 5,2 bilhões, uma variação de 4% em relação ao mesmo período de 2020. Já as despesas assistenciais fecharam em R$ 4,7 bilhões, com um crescimento de 25%.
As despesas administrativas bateram a marca dos R$ 307 milhões, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, o Patrimônio Social Ajustado cresceu 22%, fechando o período em R$ 2,2 bilhões.
A suficiência patrimonial em relação à margem de solvência mínima aumentou em 24% e finalizou em R$ 1,1 bilhão. Por sua vez, as reservas brutas da Cassi encerraram o período com uma variação positiva de 20% em relação a 2020 e encerrou o período contabilizando R$ 3,7 bilhões.
Apesar do alto índice das despesas com sinistralidade e um consequente aumento das despesas, o diretor de Administração e Finanças, Paulo Eduardo da Silva Guimarães, explica que a situação financeira da Cassi é boa. “Temos fluxo de caixa para o curto, médio e longo prazo. É óbvio que em alguns momentos teremos que consumir reservas, mas olhando sempre para esse fluxo de caixa. Estamos elaborando estratégias para repor as reservas, principalmente com o lançamento de planos de saúde e novas receitas”, afirmou.
ESTRATÉGIAS PARA 2022 E AUMENTO DAS RECEITAS
O presidente Clóvis de Castro Júnior ressaltou durante a apresentação algumas ações estratégicas da Cassi para o ano de 2022. “São ações para fazermos uma Cassi mais sólida, mais robusta e ao mesmo tempo oferecer qualidade em nossos atendimentos para os associados”, disse.
Entre as ações estão:
- Transformação digital profunda em todos os serviços oferecidos.
- Reforço na melhoria do atendimento em todos os canais digitais.
- Ampliação da telemedicina com mais especialidades.
- Expansão da Atenção Primária a Saúde pela Telemedicina de 15 mil para mais de 185 mil associados a partir de 2021.
- Ampliação da Atenção Primária à Saúde para todos os associados e participantes.
- Reforço e expansão das Clinicassi para outras localidades do país.
- Melhoria da rede credenciada.
- Aumento da gama de ações de relacionamento, para tornar a Cassi mais próxima do participante.
- Garantir que a Cassi se torne uma operadora completa de planos de saúde.